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18/12/2024 Notícias do Setor

Número de casos de dengue deve aumentar em 2025

Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde apontam que o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue até 7 de outubro de 2024. Segundo o estudo, em 2023, no mesmo período foram registrados 1,3 milhão de casos prováveis da doença, um aumento de 400% maior em relação ao ano passado.

De acordo com o infectologista Antônio Carlos Bandeira, membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e assessor técnico do Laboratório Central do Estado da Bahia, os números de dengue devem ter uma previsão de aumento de casos no início de 2025.

Segundo a farmacêutica e assessora técnica na Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag), Luciane Bresciani Quirino, é essencial combinar medidas individuais e coletivas que reduzam as chances de transmissão pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Além do uso de repelentes nas áreas expostas, é importante salientar o uso de roupas apropriadas como barreira física em áreas com alta incidências, além do apoio e da participação em campanhas de combate à dengue, denunciando locais com água parada e que apresentam risco à proliferação de mosquitos.

Aliados de primeira mão, explica a farmacêutica, no caso dos repelentes, de origem natural ou não, é fundamental que as substâncias ativas sejam aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que possuam uma efetividade comprovada no combate ao vetor. A principal diferença está na personalização e na flexibilidade da fórmula.

“Um repelente manipulado é feito sob medida, o que permite ajuste de ingredientes ativos de acordo com a necessidade de quem prescreveu e do paciente. Os repelentes podem ser manipulados em diversas formas, como loções, cremes, géis ou até óleos, depende da preferência do usuário. E também podem ser uma alternativa para quem tem alergia a algum tipo de componente”, ressalta a assessora técnica na Anfarmag.

Os repelentes de uso tópico atuam com uma barreira química para afastar o mosquito Aedes aegypti evitando que ele se aproxime da pele e pique a pessoa. Funcionam mascarando ou bloqueando o cheiro natural da pele, que atrai os mosquitos, ou liberando substâncias que incomodam o sistema sensorial do mosquito, fazendo com que ele se afaste. Formam uma película na pele que, dependendo do ingrediente ativo e da concentração, pode proteger contra picadas por várias horas.

Repelentes podem ter contraindicação em crianças e gestantes

No entanto, alerta a profissional de saúde, os repelentes possuem algumas contraindicações e precisam ser usados com cuidado, especialmente em crianças, gestantes e lactantes. A maioria dos repelentes químicos, especialmente os que contêm DEET, IR3535 e Icaridina, normalmente não são recomendados para crianças com menos de 2 anos. Para bebês é preferível usar barreiras físicas, como mosquiteiros. Gestantes e lactantes podem usar, mas devem preferir produtos com Icaridina, que são menos irritantes.

Quando usados corretamente, os repelentes são seguros e, sem dúvida, uma forma de evitar picadas. Devem ser respeitados o tempo de eficácia e duração dos seus efeitos, havendo necessidade de reaplicação conforme orientação farmacêutica.

“Repelentes naturais como óleo de citronela geralmente não oferecem uma proteção tão eficaz e de longa ação como as substâncias químicas (DEET e Icaridina). Além disso, não são suficientes para proteção completa contra a transmissão da dengue. Por isso, medidas individuais e coletivas são essenciais”, conclui Luciane Bresciani Quirino.

Monitor Mercantil

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