Se você já fez uso de medicamentos, é provável que já tenha precisado comprar remédios a mais para um tratamento. Ou então, que tenha jogado fora substâncias vencidas. Ou mesmo que tenha precisado fazer o mesmo tratamento mais de uma vez.
Isso acontece porque essas medicações não são pensadas para as suas necessidades individuais. Assim, elas precisam ser compradas a mais, são esquecidas nos armários e, depois, acabam indo para o lixo.
O desperdício de remédios é uma realidade muito prejudicial ao meio ambiente e ao paciente. Além disso, é preciso gastar mais dinheiro. Os medicamentos manipulados trabalham para combater essa situação. Para saber como e por que, continue a leitura.
Entenda o desperdício de remédios nas farmácias tradicionais
Nas farmácias tradicionais, é comum — e mesmo esperado — que parte dos remédios seja desperdiçada. Isso porque é comum que os remédios sejam vendidos em quantidades superiores à necessária para o tratamento. Por isso, costumam sobrar nas cartelas e vidros, o que gera desperdício.
Dados de uma pesquisa realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) estimam que o gasto com o desperdício de remédios no SUS esteja na casa dos R$ 16 milhões ao ano. No setor privado, os números não são mais animadores: cerca de 20% dos remédios são descartados — e nem todos porque não estavam aptos para consumo.
Uma vez que o consumo de medicamentos vencidos ou de aspecto diferente do natural é altamente perigoso, não há alternativa a não ser jogá-los fora. Mas, seja através do lixo normal, seja através do descarte por outras vias, como o vaso sanitário, esses resíduos afetam a água e o solo, prejudicando ainda mais a saúde coletiva.
Como o desperdício de remédios afeta a nossa saúde?
A agressão ambiental ocasionada pelo o desperdício de remédios ocorre de muitas maneiras, e já é uma preocupação da indústria farmacêutica. Como mencionamos, os resíduos podem afetar o solo e a água.
Por isso, o descarte de medicamentos precisa ser feito com muito cuidado. Quando feito da maneira correta, os seus impactos no meio ambiente são bem menores.
Assim, o desperdício de remédios faz parte de um ciclo vicioso que intensifica a poluição do meio ambiente. A água contaminada, por exemplo, ainda pode conter substâncias medicamentosas, mesmo depois do seu tratamento. E isso não se deve a uma má prática de descarte, mas à dificuldade de filtrar completamente essas substâncias.
Como consequência direta, também nós temos mais chances de nos contraminarmos com essas substâncias. Desse modo, é essencial que o combate ao desperdício de remédios seja levado a sério.
Como os medicamentos manipulados combatem o desperdício de remédios?
Ao contrário do que acontece com medicamentos, os medicamentos manipulados reduzem consideravelmente o desperdício de remédios. Esta é, aliás, uma boa prática da farmácia magistral, e acontece por diversos motivos.
Em primeiro lugar, porque as receitas são pensadas para cada paciente de forma individualizada. Assim, as quantidades de medicamentos são adequadas para o tratamento, o que evita sobras e, posteriormente, o descarte inadequado.
Também é importante mencionar que as cápsulas produzidas pela farmácia magistral não precisam ser partidas ao meio ou divididas. Isso também reduz o desperdício de medicamentos e evita a contaminação do ambiente.
A diminuição do desperdício de remédios também afeta positivamente o bolso dos pacientes — e dos órgãos públicos. Afinal, evita-se a compra desnecessária de remédios que, depois, não serão usados, e também o gasto com o descarte apropriado.
Agora que você já entende melhor como a farmácia de manipulação auxilia no combate ao desperdício de remédios, não deixe de compartilhar essa informação com seus pacientes e prescritores da sua região!
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